Agosto já foi mesmo. Porém, para darmos a missão por encerrada,  falta o nosso bota-fora tradicional. Dessa vez, a tarefa ficou a cargo da querida Dani Neves do blog No presente, Momentanea Mente.  Diz aí, Dani!


"Ai que emoção!", pensei. E logo em seguida "Encerramento do tema Clássicos Brasileiros? Me ferrei!!!"
Sim, minha gente linda. Porque, pensa comigo:

O que é um clássico?

Clássico é aquele livro que você pergunta ao porteiro do seu prédio se ele já leu, e ele diz que não. MAS ELE SABE EXATAMENTE DO QUE VOCÊ ESTÁ FALANDO!!!

Ou seja, vou prosear sobre algo que tooooodooooo mundo conhece. Seria um pouco assustador... se eu não fosse abusada! E ouso dizer mais, eles são a minha especialidade! Lí clássicos gregos e troianos, ingleses (meus preferidos ever), norte-americanos, latinos, orientais... e brasileiros!

E diz aí se não é uma delícia ler um escritor em sua língua nativa... já que essa raça fleumática adora uma entrelinha (vocês já devem ter botado reparo nisso) saímos em vantagem com os tupiniquins! Nada de ficar à mercê de interpretações parciais de tradutores! Viva a genialidade dos autores nacionais!

Porque apesar de todas as mazelas com a educação e a cultura nesta terra, a fauna literária que prolifera aqui é bem rica. Tem coisa boa de todo estilo, pra todo gosto...

Quer entender algo sobre o ego nos anos 80? Ignácio de Loyola Brandão, Bebel que a cidade comeu.
Quer romance malemolente? Jorge Amado, Tieta.
Gostou? Jorge Amado, Capitães da areia
Quer prosa inteligente? Machado de Assis, Memórias Póstumas de Brás Cubas - obra com a mais genial dedicatória de todos os tempos.
Quer pagar de intelectual? Tenta Clarice (Lispector, diva!) e depois me conta se conseguiu.
Uma perfeita caracterização? Aluísio de Azevedo, O cortiço
Inspiração pra uma nota de suicídio? Alvares de Azevedo, Noites na Taverna
Romance rasgaaaaaaaaaado? Qualquer um de José de Alencar. Prepare o lenço.
Quer dar muita risada? Veríssimo!
Literatura fantástica? Murilo Rubião.
Choque de realidade? Guimarães Rosa.
Poesia? Cora Coralina. Crônicas? Moacyr Scliar, Drummond, Chico Buarque. Autoajuda? Padre Marcelo!

Viu só? Como disse o primeiro cronista que pisou nestas praias: nessa terra, tudo dá!

E não me venha dizer que não gosta de literatura nacional. Pois vou dizer que você é que não pegou na veia de uma Lygia Fagundes Telles.

E tenho dito.

Dani Neves
30/08/2011


3 Comments

  1. Muito bom, Dani, falou e disse!! \o/

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  2. Adorei e concordo!! Principalmente com o encerramento, já que comecei setembro com um livro da Lygia! :c)

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  3. Amei o texto! Bem verdadeira essa definição. Mesmo quem nunca leu conhece os clássicos.

    Romance rasgaaaaaaaaaado? Qualquer um de José de Alencar. Prepare o lenço.
    Eu li dois dele. Ô homem romântico! ^^

    Beijos

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