Como o grande objetivo do Desafio
Literário é desencalhar livros antigos da prateleira e, enfim, ler obras a
muito queridas e por algum motivo ou outro, sempre postergadas, devo dizer que
em nenhum outro mês esse objetivo foi tão bem alcançado quanto neste, quase
findo, mês de abril. E para o, ainda, atual tema “Uma ou mais das quatro
estações no título”, escolhi “O Sonho de uma Noite de Verão”, de William
Shakespeare. Aproveitando o Momento do Leitor, tentarei expor algumas das
minhas impressões e sensações a respeito desse clássico da literatura mundial.
Bom, uma grande parte de leitores dividem-se em: 1. Evitam clássicos à todo custo; e 2. Não se
permitem não gostar de um clássico pelo único motivo dele ser, efetivamente, um
clássico. O primeiro grupo, geralmente, usa como desculpa o fato da escrita não
ser de fácil entendimento, da história não ser tão mastigada quanto os livros
mais comuns etc. O que, definitivamente, não é o caso de O Sonho de uma Noite
de Verão. Apesar de clássico batizado pelos séculos, a escrita de Shakespeare
aqui não tem nada de extremamente complexo. Uma narrativa fluída, uma história
divertida, em suma: uma leitura gostosa. Um livro que apesar de ter sido
escrito anos atrás é lido com a naturalidade de um livro contemporâneo.
Uma das – muitas – coisas boas que o DL vem me
proporcionando, é o fato de ter me tirado do marasmo e me impelido a, enfim,
ler William Shakespeare. Sair da ignorância e conhecer um dos autores mais
conhecidos de todos os tempos. Sair da zona Romeu e Julieta de conforto.
Comecei por A Megera Domana em fevereiro, passei por O Sonho de uma Noite de
Verão e caminho de encontro à Hamlet. E confesso que não imaginava que o famoso
autor inglês fosse tão... acessível e agradável.
No mais, além de ter desencalhado
um livro muito divertido da minha estante, me permiti conhecer uma boa história,
de um autor conhecidamente formidável. Altamente recomendado a todos que
desejam passar bons momentos lendo um livro, um clássico, mas com uma leitura
tão fácil e rápida, que bem poderia ser da nossa época. Agora mal posso esperar
por conhecer suas tragédias...
Quanto ao mês de maio – Livros
Citados em Filmes –, escolhi nada mais, nada menos do que o conhecidíssimo – e
não menos aclamado – clássico russo Anna Kariênina, de Liev Tolstói, uma das
minhas leituras mais esperadas – se não a mais – de 2013. Estou com as
expectativas no céu e louca para coroar o mês do meu aniversário com uma obra com
o selo Tolstói de qualidade.
Taciele Morais