Por Regina Echeverria
Por que escrevo biografias? Teria a vida alheia um fascínio tão intenso entre eu e meus leitores e todos os demais amantes do gênero? Por que as histórias de gente nos impactam tanto, prendem nossa atenção e nos interessam de maneira sempre entusiasmada? As perguntas são muitas e profundas e exigem tratamento psicanalítico para responder. No meu caso, essa paixão vem de minha própria formação de jornalista. Em 39 anos de profissão, acabei me especializando em escrever “perfis” como se chamam as matérias sobre gente nas redações.
Por que escrevo biografias? Teria a vida alheia um fascínio tão intenso entre eu e meus leitores e todos os demais amantes do gênero? Por que as histórias de gente nos impactam tanto, prendem nossa atenção e nos interessam de maneira sempre entusiasmada? As perguntas são muitas e profundas e exigem tratamento psicanalítico para responder. No meu caso, essa paixão vem de minha própria formação de jornalista. Em 39 anos de profissão, acabei me especializando em escrever “perfis” como se chamam as matérias sobre gente nas redações.
E, depois, já havia aprendido com McLuhan e sua aldeia global, que as histórias que mais nos interessam são as que acontecem no quintal do nosso vizinho.
Meu gênero de literatura favorito (fora os romances e os históricos) a biografia quando bem feita nos leva a uma deliciosa viagem pela vida de pessoas e do tempo em que viveram. A boa biografia contextualiza o personagem, analisa como os fatos da vida cotidiana e política do país em que vive o influencia e determina suas ações. É preciso entender a alma do personagem e saber, de antemão, que não existem pessoas boas ou pessoas más. Existem pessoas e suas circunstâncias. No caso, para quem escreve, é preciso se livrar de todos os seus preconceitos. Toda pessoa tem uma história para contar. Resta saber contá-la bem ou contá-la mal.
No Brasil, no que costumo chamar de biografia moderna, lançadas a partir dos anos de 1970, temos muita gente boa escrevendo, caso de Fernando Morais, Ruy Castro, Lira Neto. Fernando fez um magnífico trabalho sobre Assis Chateaubriand e, recentemente, um empolgante Paulo Coelho. Ruy Castro, para mim, chegou ao auge em Carmen Miranda, biografia riquíssima em detalhes e trabalho de pesquisa. Sem falar de Nelson Rodrigues e Garrincha. Lira fez Castello Branco, o presidente, Maysa e Padre Cícero. Todos muito bons.
Quanto ao meu trabalho, quem se interessar, pode ver no site www.reginaecheverria.com.br
O que acredito é que a cada dia as editoras se dão conta de que biografias bem feitas são um prato cheio, além de poderem se transformar em outros produtos, como filmes, minisséries, montagens teatrais, enfim....
Tem muita gente boa e desconhecida no Brasil em quem devemos debruçar nossos interesses. Eu, por exemplo, agora estou interessada em contar a história da Princesa Isabel, essa de quem sabemos tão pouco.
Regina Echeverria - Escritora brasileira especializada em Biografias. Para saber mais: http://www.reginaecheverria.com.br/Obras:• Furacão Elis (1985)
• Cazuza, só as mães são felizes (1997)
• Cazuza, preciso dizer que te amo (2001)
• Pierre Verger, um retrato em preto e branco (2002) *
• Furacão Elis (2006)
• Gonzaguinha e Gonzagão, uma história brasileira (2006)
• Mãe Menininha do Gantois, uma biografia (2007)
As sinopse dos livros mencionados acima, você poderá aqui: http://www.reginaecheverria.com.br/biografias_14.html
Sim, sim. Concordo com o que a Regina disse sobre biografia. Esse gênero literário nos dá a chance de conhecer pessoas com histórias incríveis em seu contexto histórico. ;D
ResponderExcluirFiquem com vontade de ler especialmente as biografias do Cazuza e Gonzaguinha e Gonzagão.
Que fevereiro traga ótimas histórias.
xD
Otimo post! Adoro biografias!
ResponderExcluire lá vamos nós...
ResponderExcluirAdorei o port! não sou muito de ler biografias, mas o Desafio é esse !
ResponderExcluirUau, uma biografia da Princesa Isabel é algo que eu gostaria de ler =3 Vou ficar de olho nesse seu novo projeto, Regina!
ResponderExcluirE vamos lá, fevereiro, vai ser a minha primeira experiência lendo biografias, mas estou animada - escolhi um cara super interessante e polêmico.
Báh eu adoro biografias, mas elas estavam meio de lado nas minhas leituras, o desafio veio me dar um novo ânimo para me enveredar neste gênero que tanto gosto.
ResponderExcluirAdorei conhecer um pouco mais sobre o trabalho da Regina, gosto muito de saber sobre processos criativos e foi muito interessante saber o que motiva alguém a escrever uma biografia.
Eu adoro biografias!!! Eu li So' as maes sao felizes!!! E fiquei muito interessada pelo livro sobre a Elis Regina. Muito legal a Regina citar Fernando Morais, eu li a biografia do Assis Chateubriand e realmente e' magnifico!! E por isso comprei Olga tambem do Fernando Morais, Lira nEto lerei para o DL em breve!!! Que grata surpresa este post. Beijos
ResponderExcluirRegina, gosto dessa ideia de que toda a pessoa tem uma história para contar. Deve ser, sim, por isso que eu goste de ler biografias. Gostei muito de conhecer um pouco de seu trabalho e de seus pensamentos. Obrigada por abrilhantar esse pedaço literário com a sua presença!
ResponderExcluirBjs
Excelente texto!
ResponderExcluirEu sou apaixonada por biografias! Adorei a novidade: biografia da Princesa Isabel!
Beijo! Beijo!
que bacana!
ResponderExcluir