Resenha Junho 2011:
Tema: Peça teatral / Mês: Junho – opção 3
por Cleia (cleia.le@bol.com.br)

título: A TEMPESTADEautor: William Sheakespeare
tradudor: Beatriz Viegas Faria
editora: L&PM
páginas: 115 páginas
título original: The Tempest


Não creio que haja nada de novo a comentar sobre qualquer peça teatral escrita por Sheakespeare. Talvez algum estudioso de literatura, quem sabe... mas esse não é o meu caso. E a Internet está entupida de todo tipo de informação sobre a obra sheakespeariana.
A mim cabe apenas apreciar, me deleitar com mais uma maravilha deste autor, uma verdadeira entidade.  E repassar um resumo da história, particularmente interessante por mesclar com muito equilíbrio, drama e comédia para falar do tema mais recorrente em suas peças: o poder.
“A tempestade” foi encenada pela primeira vez em 1 de novembro de 1611, uma das últimas obras de William Shakespeare. Apesar da idade, continua atualíssima, com vitalidade total.
Próspero, um duque de Milão, possuía uma imensa biblioteca onde estudou magia e esqueceu de governar. Torna-se um sábio praticante de magia, mas tem seu lugar usurpado por seu irmão Antonio e se viu deportado para uma ilha deserta com sua filha Miranda, ainda criança. Próspero dominou a “dona” da ilha, uma bruxa, e escravizou seu filho (dela), Caliban. A serviço de Próspero ainda há Ariel, um anjo por ele libertado ao chegar à Ilha. Estes são os moradores da ilha  
Anos depois  (Miranda já uma jovem), Próspero provoca, fazendo uso de magia e com a ajuda de Ariel, uma falsa tempestade que faz naufragar a nau onde se encontra seu irmão, junto com o rei de Nápoles, seu filho e outros nobres. Não para que morram, mas para que venham parar na ilha e haja um acerto de contas.
A trama é o confronto entre seus moradores, especialmente Miranda e Caliban, que até então desconhecem outros seres humanos e toda a sua complexidade, e os náufragos que se vêem em situação limite – perdidos numa ilha desconhecida.
Além das intrigas e desencontros entre os nobres, é delicioso o romance do filho do rei de Nápoles com Miranda e a aventura de Caliban rumo ao conhecimento pelas trapalhadas junto com o despenseiro bêbado que salvou do naufrágio todo o vinho do navio e com Trínculo, um bobo da corte.
É mais uma história fabulosa de Shakespeare, reconhecida como sua obra-prima, cheia de simbolismo, arquétipos e mitos, que fala da essência do homem, sob a forma de um conto de fadas para adultos, ótima para quem está começando a se familiarizar com sua obra. Leitura  obrigatória.
Nota: 5/5
Nota da capa : 4/5 – A capa é boa, mas é uma figura um pouco banal, que não está à altura do conteúdo.


2 Comments

  1. Olá, Cleia...e o bom é apreciar sem cobranças e pressões análiticas. Ótima resenha, como sempre.

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