Por
Maria Amelia Mello

“Marina” foi o segundo livro que li do autor Carlos Ruiz Zafon, o primeiro foi o conhecido best-seller “A Sombra do Vento”. Como “A Sombra do Vento” foi um livro que gostei muito e guardo com carinho alguns personagens, foi fácil me decidir a ler.
A semelhança entre os dois livros é bem visível, pois ele tem um estilo narrativo bem próprio. Os livros deste autor costumam ter uma história dentro de outra história e o legal é que as duas envolvem o leitor. Na narrativa, é bem marcante o ar poético e o clima de mistério e suspense.
Neste livro o mistério já começa na capa e contra-capa já que o autor conta bem pouco sobre a história, o suficiente apenas para aguçar a curiosidade do futuro leitor. Vou respeitar o autor e tentar não revelar muito.

A história se passa em Barcelona, final dos anos 70 e início dos 80. Óscar Drai é um jovem de 15 anos, aluno de um internato que tem uma vida bem tranqüila,  mas que gosta de se aventurar pela cidade. Em uma dessas andanças pela cidade ele conhece Marina, uma jovem de olhos cinzentos e respostas afiadas que mora em um casarão com seu pai em um bairro antigo.

À princípio você achará que o livro é apenas um romance juvenil envolvendo um jovem solitário e uma moça de personalidade forte. É isso, mas também é muito mais. À partir do momento que Marina pergunta a Óscar se ele gosta de mistérios, somos apresentados a uma história sombria, com investigações cheia de suspense e que nos apresenta personagens amedrontadores.

A trama do livro prende do começo ao fim e a leitura vai muito rápida.  Mesmo quem ainda não conhece o trabalho do autor, irá se deixar levar pela narrativa envolvente e não se arrependerá.
Apenas por curiosidade, em algumas partes do livro me peguei pensando que a qualquer momento algum personagem mais adulto iria soltar a famosa frase dos bandidos que são pegos pelo Scooby-Doo: “Se não fosse estes garotos e este cachorro intrometidos!”. Nossa, não levem a sério, isto é coisa da minha cabeça que assistia muito Scobby-Doo e lia a “Droga da Obediência” do Pedro Bandeira!

Outra coisa que achei muito interessante é que li que o autor considera este o seu livro preferido.


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