Por Sueli Couto

É FACIL MATAR - Agatha Christie - livro 3

É sempre um prazeroso ler Agatha Christie. Admiro sua obra e sou fã desde minha adolescência e olha que lá se vão muitos anos...

Nesta historia, quem faz as investigações é Luke Fitzwilliam, um policial recém-aposentado  que volta para a Inglaterra a fim de descansar.  Durante uma viagem de trem a Londres, ao procurar um lugar tranquilo para sentar escolhe ficar ao lado de uma senhora,  Lavinia Fullerton, que o faz lembrar de uma tia. Minutos após sentar, ela puxa assunto com ele, falando sobre as suspeitas de que havia um assassino em série à solta na sua pequena cidade.  A mulher iria até Londres para denunciar os crimes à Scotland Yard. Luke não lhe dá muita atenção achando que pode ser que tudo o que ela falou poderia ser fantasia de sua cabeça. Dias depois, Luke descobre pelo jornal que a mulh er, que lembrava muito sua tia, havia sido atropelada em circunstâncias suspeitas. A partir daí seu instinto policial e sua curiosidade falam mais alto e ele decide ir até a cidade sob um disfarce de escritor e, com a ajuda da prima de um de seus amigos, tentará descobrir se suas suspeitas tem fundamento.

Lá ele conhece Bridget Conway, “sua prima” que está de casamento marcado com o editor do jornal local, conhece também outro personagens interessantes, como o médico Thomas, a sra. Whiteflet, o coronel Horton e seus buldogues, entre outros. Muitas vezes ele não quer acreditar: como, em um lugar pequeno como esse, que todos se conhecem muito bem, pode existir um assassino em série à solta?

O livro é muito interessante e difere no estilo de investigação (de Poirot), pois nesta narrativa é possível conhecer e ver como o investigador, faz e refaz seus pensamentos, analisa as combinações, como articula todas as possibilidades, para chegar ao criminoso. O enredo é muito interessante há muitos suspeitos, pouquíssimas provas e além do suspense, um toque de romance, há uma citação a Sir Arthur Conan Doyle, outro grande mestre da literatura policial.

 Agatha Christie, como sempre, se supera.


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